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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deu ordem ao exército para atirar sobre os refugiados. Uma “Licença para matar”, como o James Bond? Até tremi.
Bem, o agente 007 só usa a sua “Licença para matar” porque existem uns maus, que querem roubar, enriquecer, matar e controlar o mundo. Olhando para os refugiados, que tentam atravessar a Europa, é difícil ver um exército de maus. É ao contrário, senhor Orbán: eles fogem dos maus.
Depois, Bond está sempre do lado certo, com o estilo certo. Veste bem, caminha com elegância, conduz como um piloto de Fórmula 1, dispara como um sniper, fala como um líder, luta como um herói. O senhor Orbán não tem nada disto. Os seu fatos e as suas leis europeias não conseguem escondem os seus tiques autoritários, xenófobos e anti-democráticos.
No fim, descobrimos que não há “Licença para matar”. Só para atirar: num braço, numa perna ou coisa assim. Saio do James Bond e entro diretamente no universo de Raúl Solnado. Na sua chamada para “Vachintom”, Solnado oferecia os serviços do exército de Ranholas que tem “um soldado baixinho que, em vez de disparar, insulta. Bem, ele não mata. Mas ele desmoraliza muito.” O Solnado faz falta à Europa.