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O Syriza voltou a ganhar as eleições na Grécia. Há menos de um ano, o partido de Tsipras representou uma nova esperança para a Europa. Agora a vitória passou despercebida. Porquê?
Porque, geralmente, só temos capacidade para pensar num assunto. Dois ou três, no máximo. E, agora, temos as eleições em Portugal e a crise dos refugiados. Portanto, temos mais em que pensar. Claro que há quem lembre as alegrias do Bloco e de António Costa com a vitória do Syriza. Claro que há quem insista que “Portugal não é a Grécia”. Claro que há quem a lembre a Grécia, a propósito da falta de respostas da Europa à crise dos refugiados.
Ora, apesar do terceiro resgate, da austeridade, da cisão interna, das filas para o multibanco, Tsipras ganhou as eleições. Ganhou mesmo, claramente. Não houve o empate com a Nova Democracia, antecipado pelas sondagens; nem o desaparecimento do Syriza, decretado por Varoufakis. A Nova Democracia teve menos votos, os dissidentes do Syriza saíram do parlamento.
Tsipras ganhou e já anunciou um novo governo, em coligação com os Gregos Independentes. A empatar há demasiado tempo, vamos ver se é desta que a Grécia desempata.