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A visita de Barack Obama ao Quénia tem um grande simbolismo. O presidente americano é (sempre) o político mais importante do mundo. Mas este, não é branco, forte, alto e louro. É filho de um queniano. É um negro amarelado, magricelas e com orelhas grandes (como ele se descreveu). Além disso, tem um nome esquisito, que inclui “Hussein”, como Saddam. Pior, é difícil.
Mas Obama ganhou as eleições, uma e outra vez. E, agora, voltou ao Quénia. Desta vez, na qualidade de presidente. Abraçou a meia-irmã Auma Obama; falou de corrupção e de direitos humanos; condenou a descriminação dos homossexuais e das mulheres. Referiu que “não há nenhuma desculpa para justificar a agressão sexual ou a violência doméstica”, nem “nenhuma razão” para a “mutilação genital”. Outro presidente americano podia ter dito isto. Mas foi Obama, que disse ainda “Sinto-me orgulhoso de ser o primeiro Presidente norte-americano a visitar o Quénia e, claro, por ser o primeiro Presidente queniano-americano a chegar a Presidente dos Estados Unidos da América”. E, dito assim, dito por quem é, tem um enorme significado. Não é um americano a ensinar a missa ao padre. É um dos nossos.