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O meu filho teve uma aula de Zumba. “E gostaste”, perguntei. “Não”, respondeu, “a música era muito pimba”. O meu filho tem seis anos.
Andam-nos a vender a Zumba há dois ou três anos. A dança começou nos anos 90, a moda chegou a Portugal há pouco tempo. Já li artigos sobre o assunto. Já assisti a pequenas demonstrações. Eu, que gosto de música latina e de exercício físico, não achei grande graça à Zumba. Pareceu-me uma mistura de aula de ginástica e lambada.
E, no entanto, toda a gente parece muito entusiasmada. Gente que (sim senhor!) está na moda e é elegante e faz running. E faz Zumba, com roupas de marca que se usam no “fitness”, no “step” e no “body balance”.
Ao ler que mais de 15 milhões de pessoas fazem Zumba regularmente; ou que o mundo se rendeu à Zumba; encolho-me e penso “Se calhar, eu é que estou errado”. Mas, felizmente, existem as crianças. Elas dizem sempre o que pensam:
“E gostaste?”
“Não, a música era muito pimpa.”
Há uns anos, havia o “Zumba na Caneca”. Dizia-se que era piroso. Já não deve ser. Volta Tonicha, sentimos a tua falta.