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Tenho simpatia pelo jornal i.
Apresentou-se como um jornal jovem, fresco, com um linguagem arejada e um bom grafismo. Era liderado por Martim Avillez Figueiredo e era propriedade do (agora muito conhecido) Grupo Lena.
O lançamento de um jornal é sempre uma festa. O i apareceu em contraciclo. Abriu, quando toda agente estava a despedir e a fechar. Mas a festa durou pouco. O dinheiro acabou cedo e Martim deixou o seu jornal.
O i já vai em sete direcções. Há quinze dias, a propósito do sexto aniversário, o diretor Luís Rosa descrevia um jornal mais competitivo, com mais leitores em papel e online, com mais feedback. Um jornal que apostava na investigação e que conseguia ser, simultaneamente, popular e de referência. O então diretor escreveu palavras como “orgulho”, “acreditar”, “alento” e “convicção”. Uma semana depois, demitiu-se.
As noticias na imprensa foram lacónicas: diretor demitiu-se, administração aceitou e mais nada. Os jornalistas são péssimos a falar de si próprios.
E pronto. Uns dias diz-se que os media são muito poderosos, outros parece que não têm poder nenhum.
i agora? O que é que se segue?
PS: Desejo boa sorte ao diretor interino, Luís Osório. Vai precisar.