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“Samba, como na dança”, diz a certa altura o personagem principal, a sorrir. Samba não tem muitos motivos para sorrir. É um emigrantes senegalês, há mais de 10 anos em França, ilegal. Não tem contrato de trabalho, porque não tem residência fixa. Não tem residência fixa, porque não tem contrato de trabalho. O absurdo de milhares de emigrantes na Europa.
O filme é sobre a vida de Samba, dos que vivem como ele, dos que o tentam ajudar, dos que exploram o seu trabalho, e dos que o tentam apanhar. Todos vivendo e agindo, segundo regras absurdas.
O filme fala de tragédias, mas tem um tom ligeiro. Leio críticas que desaprovam o seu tom de comédia romântica. Não é alternativo que chegue? Pelos vistos, não. Mas não tem explosões, pistolas, perseguições de carro. Nem mulheres fatais, heróis e vilões. Uma raridade no cinema.
Este é um filme com uma história, com actores, com pessoas. Tem um tom ligeiro que me fez sorrir e rir, com gosto.
"Samba" dança na corda bamba, como a canção dos Clã. E não cai.
Paulo Morais vai ser candidato às presidenciais. Morais foi vice de Rui Rio, na Câmara do Porto, e tornou-se conhecido, enquanto vice-presidente da associação Transparência e Integridade.
Ao Correio da Manhã, o, agora, candidato diz que o combate à corrupção será a sua prioridade. Resta saber, como é que esse combate se pode fazer a partir de Belém…
Paulo Morais tem um discurso muito crítico sobre a classe política, que se aproxima de Henrique Neto, mas, também, de Marinho Pinto, que também pode vir a ser candidato às presidenciais. O que é que os vai distinguir?
Nas duas últimas eleições presidenciais, tivemos dois candidatos “independentes”. Na primeira, Manuel Alegre; na segunda, Fernando Nobre. Depois, Alegre foi o candidato presidencial do…. PS e Nobre foi candidato à Presidência da Assembleia da República (!), pelo PSD. Com os resultados que se conhecem.
Ser independente, não é bom, por si só. Nem é diferenciador: os próximos candidatos poderão ser Carvalho da Silva e Sampaio da Nóvoa.
Como diria Jorge Coelhone: “Os independentes são muito imprevisíveis..."
Afinal, o último post era premonitório. Falei num produto para desentupir o nariz, sem saber que, entretanto, o meu se iria encher de mucosidade. E assim, escrever tornou-se uma dor de cabeça.
Não pude escrever sobre a vitória do PSD na Madeira, com maioria absoluta, sem maioria absoluta e com maioria absoluta outra vez. Nem sobre António Costa - presidente da Câmara ou António Costa - ex-presidente da Câmara. Nem sobre António Costa - o indiferente: indiferente, perante o resultado do PS nas eleições regionais da Madeira; indiferente, à candidatura de Henrique Neto às presidenciais.
O mesmo António Costa que, no último acto enquanto presidente da Câmara, andou a passear com um pré-candidato a presidente da República, enquanto dizia que não falava do assunto.
É inevitável, nos próximos meses vamos andar a falar, em simultâneo, de eleições legislativas e presidenciais.