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… dizia uma rapariga perante o microfone de uma jornalista, igualmente jovem.
“A sério?”, perguntei-me.
Tinha feito, há pouco tempo, um programa no extinto Rádio Clube Português, sobre a blogosfera. Era uma coisa nova. Ou, pelo menos parecia ser. Poucos meses depois, tinha uma teenager na televisão, à minha frente, a falar dos blogs da avó. Dos blogs, leram bem. Não foi dos bolos.
Nessa altura, o Facebook começava a ficar popular. O Twitter já existia, mas era nerd; o LinkedIn também, mas era coisa para jovens empreendedores; os blogs já eram (tinha acabado de saber) para avós.
Pois bem, alguns anos depois chego à blogosfera, este lar de terceira idade. Ao segundo Post tenho até um destaque no Sapo, o que é simpático.
Se não fossem o colesterol, os diabetes, a tensão alta, o ácido úrico e a medicação, festejava com espumante. A minha avó, se fosse viva, ficaria contente. (Com o espumante, claro está. Com o resto, era capaz de não perceber muito bem.)
O Observador recorda-nos hoje, que Herman faz 61 anos, através de uma selecção de nove expressões. São bordões que continuamos a dizer, muitas vezes sem fazer associação ao autor. Ou seja, estão-nos entranhadas como uma canção popular, que caiu no domínio público.
Vamos escrever um banalidade? Cá vai: Herman é genial! É mesmo.
Porém, o que tem feito Herman? Se olharmos para o seu percurso televisivo desde “O Tal Canal”, que revolucionou o humor em 1983, temos cinco programas de humor, em mais de 30 anos de televisão.
Neste período, Herman deixou, ainda, de fazer teatro ou outro tipo de espetáculos. Esteve na rádio (com excelentes programas) mas fez, sobretudo, televisão. Que televisão?
Herman, o comediante genial, transformou-se num apresentador banal. Fez talk-shows e concursos, anos a fio, e quando se mudou para a SIC aproximou-se da televisão de Berlusconi.
Regressou à RTP, para fazer um talk-show e um, agora, um programa de day-time igual a qualquer outro. Que desperdício de talento. Queremos “O verdadeiro artista” de volta!
E ele, quer?